quarta-feira, 24 de julho de 2013

Carrapatos: Ciclo de Vida

Eu já postei aqui como funciona o ciclo de vida da pulga, e agora vou postar como funciona o ciclo de vida do carrapato, para posteriormente publicar formas de acabar com ambos. Eu, particularmente, já passei por esses dois problemas e posso dizer que não é nada fácil. Eles surgem do nada, não sabemos como vieram e pior, não sabemos como fazê-los irem embora.
A ocorrência de carrapatos é mais comum em cães, por isso, devemos dar uma atenção especial a esse parasita.
O Carrapato Vermelho do Cão, ou Rhipicephalus sanguineus, é a espécie mais comum de carrapato que infesta o animal. Está perfeitamente adaptado às áreas urbanas, podendo ser encontrado no interior das residências em lugares altos, sem umidade e com baixa luminosidade, como em frestas, rodapés, batentes de porta, atrás de quadros e embaixo de estrados de camas. Eles se escondem em "ninhos" no ambiente para mudar de fase ou para a fêmea iniciar a postura dos ovos. Depois de sair desse esconderijo, procuram o nosso amigo para se fixar e se alimentar.
Cada fêmea do Carrapato Vermelho do Cão coloca de 3 mil até 4 mil ovos, que vão se desenvolver entre 20 e 60 dias e se transformar em pequenas larvas com 6 pernas. Apesar da falta de duas patas, a larva se parece muito com um carrapato adulto. As larvas levam de 5 a 7 dias para começar a procurar o hospedeiro. Seu primeiro hospedeiro costuma ser um mamífero pequeno ou um lagarto, e ela precisa encontrar um hospedeiro para crescer. Os carrapatos têm o Órgão de Haller, um órgão sensorial que fica na ponta dos primeiros pares de patas. Através dele os carrapatos localizam o cão e andam até encontrá-lo. Estando no hospedeiro, procuram os lugares com a pele mais macia, fixam-se e sugam o sangue. Então desprendem-se, caem no chão, sobem e abrigam-se nos lugares altos para fazer a "muda" e se transformar em ninfa. Essa mudança ocorre do 5º ao 49º dia.
Já transformadas (com 8 pernas), procuram um hospedeiro e o parasitam principalmente na região da cabeça, orelhas, pescoço e nos espaços entre os dedos. Ficam no hospedeiro por volta de 3 dias, desprendem-se novamente, procuram um local para se esconder (lugares altos) e passar para o estágio adulto.
No esconderijo, as ninfas se transformam em carrapatos machos ou fêmeas. Essa mudança ocorre do 10º ao 16º dia. Um carrapato adulto tem um trabalho: se reproduzir. Como adultos podem passar meses sem o hospedeiro, portanto sem se alimentar. Ficam aguardando uma condição de clima adequada para saírem de seus abrigos. Ao subir no hospedeiro, os machos e fêmeas perambulam pelo corpo do cão até encontrar um lugar ideal para se fixar. A fêmea, após ser fecundada, alimenta-se do sangue do hospedeiro, se desprende do animal, cai no chão e busca um lugar propício para iniciar a postura dos ovos.

Ao abandonar seu hospedeiro, a fêmea precisa de alguns dias para iniciar a postura dos ovos. Caso ela seja esmagada antes desse período, os embriões ainda não terão completado sua maturação, além de estarem sem a camada protetora. Para que os ovos sejam viáveis no meio ambiente, é necessária a ação de uma glândula (chamada Órgão de Genet) que secreta uma camada protetora para os ovos. Tendo voltado ao ambiente e realizado a postura de ovos, a fêmea morre. Com os ovos depositados reinicia-se todo o ciclo.
O jejum que os carrapatos suportam:
Larva - até 60 dias.
Machos adultos - até 200 dias.
Fêmeas adultas - até 220 dias.


  • Doenças
Um carrapato que acabou de sair do ovo pode estar livre de doenças, mas assim que se alimenta de um animal infectado, ele se torna um vetor de doenças em potencial. Na verdade, os carrapatos podem transmitir mais doenças do que qualquer outro artrópode do mundo.
A eficiência em espalhar infecções vem da maneira como eles se alimentam. Muitas espécies de carrapatos se alimentam de no mínimo três hospedeiros antes de morrerem. Se um hospedeiro estiver doente, o carrapato pode transmitir a infecção para os outros.
As doenças que os carrapatos transmitem variam de um lugar para o outro. Isso acontece porque animais distintos e as doenças específicas de cada espécie se desenvolvem em diferentes partes do mundo. Mas isso não impede que as doenças transmitidas por carrapatos se espalhem para fora de uma área geográfica em particular. Um bom exemplo é a febre maculosa de Rocky Mountain (em inglês), a primeira doença que possui um carrapato como vetor a ser positivamente identificada. Como a febre maculosa de Rocky Mountain, muitas das outras doenças que os carrapatos podem transmitir para as pessoas são doenças riquétsias. Elas são causadas por bactérias da família das Rickettsias. Uma grande variedade de doenças riquétsias transmitidas por carrapatos (em inglês) existem em diferentes partes do mundo.
Muitas doenças riquétsias são febres maculosas que causam erupções na pele, náusea, vômitos, dor de cabeça e fadiga. Na maioria dos casos, essas doenças melhoram com antibióticos, mas algumas podem ser fatais sem tratamento médico imediato.

Os carrapatos de patas negras, também conhecidos como carrapados do cervo, podem transmitir uma infecção bacteriana chamada doença de Lyme (em inglês). A doença de Lyme existe na Europa, África, Ásia e em muitas partes dos Estados Unidos. Ela causa uma erupção cutânea olho-de-boi, febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço e dor muscular. Os carrapatos também podem transmitir a babesiose, uma doença parecida com a malária e que vem de um protozoário. Algumas doenças transmitidas por carrapatos são perigosas apenas para os animais, como a febre suína, que infecta porcos, e piroplasmose canina, que infecta cães.

Fonte: Bayer Pet
Como tudo funciona - Uol

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